Conforme o site do IBGE, em análise da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios-PNAD do dia 15 de maio de 2020, as maiores altas no desemprego foram no Maranhão (3,9 pontos percentuais), Alagoas (2,9 p.p) e Rio Grande do Norte (2,7 p.p).

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua-PNAD Contínua, divulgada em 15 de maio de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística-IBGE.

No Maranhão o desemprego superou a média nacional, de 12,2%. O país tinha 12,9 milhões de pessoas sem trabalho no primeiro trimestre, conforme divulgado pelo IBGE

Nesta PNAD, O Maranhão também manteve elevadíssima taxa de informalidade, de 61,2%, a segunda maior do país, acompanhando apenas o Pará, cuja taxa foi de 61,4%, expressando a carência de políticas públicas trabalhistas que busquem o trabalho protegido na forma da Lei.

Outro fator que tem chamado a atenção dos analistas no Maranhão é a exploração dos trabalhadores por empresas terceirizadas na área da saúde, baixos salários, demissões em massa, alta rotatividade das empresas e dos trabalhadores no SUS, ausência de regularização dos contratos e de pagamentos de direitos trabalhistas básicos, do pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço-FGTS e ausência dos depósitos para o Instituto Nacional da Previdência-INSS por essas empresas com agravamento de dois pontos, primeiro por que os que estão entre a população economicamente ativa não contribuem, pois muitas recolhem dos trabalhadores e sonegam o repasse ao INSS, depois por que prejudica frontalmente a aposentadoria desses profissionais que precisam ter um tempo mínimo de contribuição mínima com a previdência.

Em algumas dessas empresas os trabalhadores de saúde estão há 5 anos sem poder tirar férias.

A ausência de políticas públicas de emprego e trabalho por parte do poder público é o principal fator que leva o Maranhão a ter a mais elevada alta no desemprego, os dados da PNAD divulgada no dia 15 de maio de 2020 expressam resultado da omissão quanto às mesmas.

Essa ausência de políticas públicas para o trabalho no Estado traz consequências gravíssimas para a população do Estado, entre elas a precarização nas relações de trabalho, adoecimento dos profissionais e afastamentos, acidentes de trabalho, falta de vínculo entre o serviço e a comunidade, uma das principais prerrogativas do Sistema Único de Saúde-SUS e outras.

A rotatividade, o alto desemprego, a alta informalidade e a precarização nas relações de trabalho, elevam o Maranhão nos níveis de pobreza prejudicando a condição social de seus habitantes, de saúde, de educação e econômicas, o Maranhão tem as cidades mais pobres do Brasil, a menor renda per capita domiciliar, além de indicadores sociais que refletem esse cenário de ausência de um projeto que prime pela implantação e implementação de políticas públicas de intervenção nesse quadro gravíssimo e venham a mudar a realidade do povo maranhense.