A absolvição de Luís Inácio Lula da Silva de todas as condenações da Lava Jato retirou a Esquerda brasileira da condição de Órfã de Liderança Nacional para a competição das eleições majoritárias para 2022.

Sem dúvidas, nada pode ser mais turbulento para os bolsonaristas do que ter que enfrentar o ex-presidente Lula, que no seu último ano de mandato apresentava popularidade superior a 80% nas pesquisas de opinião, recebeu diversas homenagens mundiais e foi considerado por parte dos cientistas políticos o melhor comunicador político de todos os tempos.

Por outro lado, Bolsonaro mantém a popularidade inicial que lhe deu vitória em uma resiliência que ganha destaque entre os analistas da política brasileira, embora continue em alinhamento com três grandes elites entre grupos de religiosos, militares e plutocratas, apesar de já estar em mais de metade do mandato e não constituir uma equipe de governo sólida e um plano de governo convincente.

A polarização entre Lula e Bolsonaro já é clara para as eleições de 2022, os públicos de cada um deles já se organizam e vibram nas arquibancadas das arenas, enquanto Lula é um ferrenho defensor dos direitos sociais e do amparo do estado aos cidadãos, e um adepto da política liberal, ou seja, aquela que atua em consonância com Órgãos internacionais como a ONU e outras, e também da diplomacia internacional, já Bolsonaro é adepto do ultraliberalismo, classificado por muitos analistas como extrema direita e adepto da política realista, aquela que aproxima-se mais de uma independência cm relação às organizações internacionais dentre outros aspectos.

A disputa segue, o cenário já está formado, os públicos já vibram e se manifestam calorosamente para o grande duelo entre Bolsonaro e Lula para 2022, nos resta aguardar e ver o que ocorrerá nesse grande evento da democracia, quem sabe o mais aguardado de todos os tempos, ou será que alguma surpresa a mais surgirá no caminho?

Fonte da Imagem: Revista Istoé, em matéria publicada no dia 01 de março de 2021 de Ricardo Kertzman é blogueiro, colunista.

Por Ana Léa Coelho: Acadêmica de Ciência Política, Acadêmica do curso de Direito, Enfermeira do Trabalho formada pela Universidade Federal do Maranhão, especialista em Educação em Saúde pela Escola Nacional de Saúde Pública, pós-graduação em Gestão em Saúde e Saúde da Família.